Hoje, como acontece desde 2006, nosso contador de páginas me mandou um email com o relatório semanal como ele sempre fez desde que criamos a conta, só que desta vez eu decidi dar o unsubscribe no email do Sitemeter, já que eu nem abro os emails que eles mandam desde sei lá quando.
Foi assim que eu lembrei do site e fiquei supresa ao ver que tinha um comentário novo de uma leitora que pedia que mandássemos a monografia para ela. Daí me lembrei do planos que tínhamos há muito tempo de disponibilizar o texto na íntegra aqui no blog e também para download e pensei: "por que não colocar o texto logo de uma vez?".
Pois então, a leitora que pediu que mandássemos o projeto por email não deixou o endereço dela cadastrado, mas, em todo caso, vai um pedaço do primeiro capítulo aqui:
Introdução
O presente trabalho optou pela obra do cineasta Tim Burton
como objeto de estudo. Ao fazer esta escolha, o grupo
imediatamente encontrou uma deficiência bibliográfica não só
em relação à obra deste cineasta, mas também a dos seus
contemporâneos. Seria mais fácil para um projeto experimental
que trata de cinema trabalhar com os grandes cineastas
consagrados, já que existem inúmeras dissertações, trabalhos e
livros a respeito dos mesmos. Entretanto, escolhemos o diretor
Tim Burton pelo desafio de compreender a forma com a qual ele
se estabelece como um diretor dono de uma assinatura capaz de
refletir-se em todos os seus filmes e, por este motivo,
transformar-se em um autor de cinema.
Ao pensar em Tim Burton, rapidamente constatamos que o
diretor é capaz de conquistar a simpatia tanto do público quanto
da crítica, além de ocupar um lugar de destaque raro no contexto
hollywoodiano. Foi pensando nisso que a primeira questão foi
levantada: o que tem de tão especial em suas realizações? E, a
partir desta, como é produzida a assinatura burtonesca nos filmes?
É baseado nestas indagações que este estudo apresenta seus seis
capítulos seguintes.
O conceito da autoria no cinema foi criado na década de 50, ou
seja, o auge do cinema moderno, e será retomado nessa análise
por ser capaz de abranger a obra de Burton, um diretor
essencialmente pós-moderno, sem, no entanto, limitá-la. Para
apontar a autoria cinematográfica de Tim Burton, optamos pelo
auxílio da teoria de Jean-Claude Bernardet, pensador de cinema e
defensor da teoria do autor de cinema. Baseando-nos neste
conceito, pretendemos mostrar algumas das características
latentes na obra de Burton que configuram a criação de um
trabalho único na sétima arte. É necessário ressaltar, no entanto,
que compreendemos que esta é uma tarefa bastante ambiciosa
para um estudo como o projeto experimental e que temos
consciência de nossas limitações acadêmicas e imaturidade
teórica, bem como a escassez de tempo disposto para este
trabalho.
Nesta iniciativa de O capítulo “Timothy William Burton” é
dedicado a apresentar o homem responsável pelo mundo
burtonesco, ou seja, o próprio diretor e seus atributos
profissionais.
Em “A Fantástica Fábrica de Filmes”, o objetivo é demonstrar
e esclarecer, através de elementos que regem a indústria
hollywoodiana, a forma como Tim Burton se encontra inserido e
bem posicionado no âmbito comercial do cinema atual.
No capítulo intitulado “Semelhanças, influências ou
apropriações”, pretende-se apontar algumas características das
correntes cinematográficas que mais se destacam na obra do
cineasta, sendo vistas como formadoras da característica híbrida
do cinema burtonesco que se apropria de elementos produzidos
no decorrer da história cinematográfica na produção de um
trabalho inédito.
O capítulo “A marca de um autor”, baseado em Bernardet,
define traços na obra de Burton que o configuram como autor, e
os dois capítulos seguintes, como mera formalidade didática
existente na própria teoria, foram divididos entre os dois
elementos formadores de um gesto autoral: matriz e mise en scène.
Sendo que a matriz, aqui chamada de “Os Estranhos de
Divertem”, é apresentada através da análise de todo o conjunto
narrativo da obra de Burton; e a mise en scène focada nos aspectos
visuais de sua filmografia.
como objeto de estudo. Ao fazer esta escolha, o grupo
imediatamente encontrou uma deficiência bibliográfica não só
em relação à obra deste cineasta, mas também a dos seus
contemporâneos. Seria mais fácil para um projeto experimental
que trata de cinema trabalhar com os grandes cineastas
consagrados, já que existem inúmeras dissertações, trabalhos e
livros a respeito dos mesmos. Entretanto, escolhemos o diretor
Tim Burton pelo desafio de compreender a forma com a qual ele
se estabelece como um diretor dono de uma assinatura capaz de
refletir-se em todos os seus filmes e, por este motivo,
transformar-se em um autor de cinema.
Ao pensar em Tim Burton, rapidamente constatamos que o
diretor é capaz de conquistar a simpatia tanto do público quanto
da crítica, além de ocupar um lugar de destaque raro no contexto
hollywoodiano. Foi pensando nisso que a primeira questão foi
levantada: o que tem de tão especial em suas realizações? E, a
partir desta, como é produzida a assinatura burtonesca nos filmes?
É baseado nestas indagações que este estudo apresenta seus seis
capítulos seguintes.
O conceito da autoria no cinema foi criado na década de 50, ou
seja, o auge do cinema moderno, e será retomado nessa análise
por ser capaz de abranger a obra de Burton, um diretor
essencialmente pós-moderno, sem, no entanto, limitá-la. Para
apontar a autoria cinematográfica de Tim Burton, optamos pelo
auxílio da teoria de Jean-Claude Bernardet, pensador de cinema e
defensor da teoria do autor de cinema. Baseando-nos neste
conceito, pretendemos mostrar algumas das características
latentes na obra de Burton que configuram a criação de um
trabalho único na sétima arte. É necessário ressaltar, no entanto,
que compreendemos que esta é uma tarefa bastante ambiciosa
para um estudo como o projeto experimental e que temos
consciência de nossas limitações acadêmicas e imaturidade
teórica, bem como a escassez de tempo disposto para este
trabalho.
Nesta iniciativa de O capítulo “Timothy William Burton” é
dedicado a apresentar o homem responsável pelo mundo
burtonesco, ou seja, o próprio diretor e seus atributos
profissionais.
Em “A Fantástica Fábrica de Filmes”, o objetivo é demonstrar
e esclarecer, através de elementos que regem a indústria
hollywoodiana, a forma como Tim Burton se encontra inserido e
bem posicionado no âmbito comercial do cinema atual.
No capítulo intitulado “Semelhanças, influências ou
apropriações”, pretende-se apontar algumas características das
correntes cinematográficas que mais se destacam na obra do
cineasta, sendo vistas como formadoras da característica híbrida
do cinema burtonesco que se apropria de elementos produzidos
no decorrer da história cinematográfica na produção de um
trabalho inédito.
O capítulo “A marca de um autor”, baseado em Bernardet,
define traços na obra de Burton que o configuram como autor, e
os dois capítulos seguintes, como mera formalidade didática
existente na própria teoria, foram divididos entre os dois
elementos formadores de um gesto autoral: matriz e mise en scène.
Sendo que a matriz, aqui chamada de “Os Estranhos de
Divertem”, é apresentada através da análise de todo o conjunto
narrativo da obra de Burton; e a mise en scène focada nos aspectos
visuais de sua filmografia.
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